segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PARADINHA

Rogério Ceni reclamou da paradinha do Neymar. Rogério Ceni já utilizou a paradinha ao cobrar pênaltis. Bom, quando uso; revoltante, quando usam contra mim - é o que se extrai da reclamação do Ceni. O Rogério Ceni quer ser dirigente do São Paulo, quando crescer. Tem todo o perfil de dirigente, está provado:

ÉTICA DA CONVENIÊNCIA,

HIPOCRISIA,

DESONESTIDADE INTELECTUAL.

A regra diz que, no pênalti, o goleiro só pode mover-se para a frente depois que a bola for chutada; é que, atualmente, admite-se o movimento lateral, que sempre foi vedado desde a invenção do futebol. A regra evoluiu, portanto.

Mas o Rogério Ceni adianta-se costumeiramente quando é goleiro nas cobranças de pênalti. Talvez seja o goleiro que mais se adianta na história do futebol mundial. O Rogério Ceni quer levar vantagem sobre o cobrador do pênalti. O Rogério Ceni tenta burlar a regra sempre. É desonesto, portanto. E se irrita, e reclama, e protesta, quando o cobrador o ludibria, neutralizando sua burla com a paradinha.

Quando o juiz apita, o cobrador - que tem o direito de tomar a distância que bem entender da bola - pode partir velozmente, a meia-bomba, ou caminhar lentamente para a bola. A regra não diz nada a esse respeito. Todos esperam pelo chute. E o goleiro é obrigado a esperar pelo chute, para só então tentar a defesa.

Isso se dá assim porque o pênalti é uma punição extrema a uma infração grave cometida por jogador da defesa, como derrubar o atacante na hora em que vai fazer o gol, meter a mão na bola impedindo-a de entrar no gol. Mas o Rogério Ceni quer que a arbitragem o privilegie nas defesas de pênalti - quando ele é o chutador, claro que ele se aproveita de qualquer artimanha -, quer que a arbitragem favoreça o infrator.

Nem menciono o fato de que, em toda cobrança de pênalti em que atua como goleiro, o Rogério Ceni deita falação no ouvido do cobrador, tentando desequibrá-lo psicologicamente no momento que antecede a cobrança. Se fosse o juiz, eu o expulsava toda vez que fizesse isso, por antijogo.

Rogério Ceni tentou amarelar o Neymar, um garoto de 18 anos. Ficou de bunda no chão, como deveria ficar sempre. Se o Ceni saísse depois do chute defenderia facilmente a cobrança.

Rogério Ceni passou da hora de se aposentar. Tá na hora de se tornar dirigente. Quem sabe, assim, seja melhor para o São Paulo. Os negócios e a política adoram quem é partidário da ética da conveniência, quem é hipócrita, quem é intelectualmente desonesto.



CB, furioso com os hipócritas, convenientes e desonestos.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Maldito hino

Sala de audiências. Sentado, ao meu lado, o réu preso (gente fina, mas fala demais). Eu, com meu vestidinho verde de menininha, um dos poucos inocentes daquela sala, digitando feito uma louca. De repente, um telefone toca. Alto. Muito alto. Dedos paralisados, ergui os olhos a tempo de ver o policial da escolta agoniado para retirar aquele aparelhinho de dentro dos milhares de bolsos do seu colete. E aquela musiquinha insistente rolando, rolando... Seria um episódio bem comum, acreditem, se não fosse pela tal música. Minha única reação ao vê-lo sair da sala para atender o celular foi olhar para seu colega que estava ao lado e, fazendo aquele gesto típico de escárnio com os dedos juntos, soprar para ele: - putz, flamengo?!
Não tenho mesmo noção do perigo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

O FIM DE TUDO

1 O Flamengo é cinco vezes campeão brasileiro. Fato.
Isso não torna o Flamengo pentacampeão brasileiro. Pentacampeão é quem vence cinco vezes seguidas uma competição. Mas o Flamengo diz que é hexacampeão brasileiro. Computa a conquista de um módulo da Copa União de 1987 como um campeonato nacional. Falso.
Ao se recusar a disputar o título com o vencedor do outro módulo da Copa União, o Sport, o Flamengo perdeu por WO e a CBF, responsável pela realização das competições profissionais de futebol no Brasil, declarou, e sustenta, o Sport campeão nacional do ano de 1987. Fato.
O jornalismo brasileiro considera o Flamengo hexacampeão brasileiro. Falseia duas vezes a verdade. E confessa em manchete que é torcedora descarada do Flamengo. Talvez por isso o Flamengo seja objeto de tanto ódio de quem por ele não torce.

2 Comemorei discretamente a conquista do Vasco. Como uma conquista de segunda deve ser comemorada. Mas, brincando, brincando, é mais um título na galeria cruzmaltina.

3 Leio que o São Paulo, do meu amigo Tom, vai pedir novamente à CBF que lhe entregue a Taça das Bolinhas. Jamais vi tamanho nível de desinformação. A CBF não pode dar o que não lhe pertence. A Taça das Bolinhas pertence à Caixa Econômica Federal que, por acordo com a CBF, concedia uma cópia ao vencedor de cada campeonato e prometia a posse definitiva ao tricampeão ou àquele que vencesse cinco competições. A CBF e a CEF romperam o acordo em algum momento dos 90. A CEF não pode mais promover a entrega da Taça das Bolinhas e a CBF criou um novo troféu para o campeonato. Não sei em que pé se encontra o imbróglio. Mas creio que será preciso um novo acordo entre as duas instituições para que o São Paulo possa incorporar ao seu acervo sua merecida taça.
É óbvio que o Flamengo não reúne os requisitos necessários para exigir o mesmo. Chegou tarde aos cinco títulos nacionais.

4 Ao assistir a programação esportiva das tevês tenho a impressão que é o fim de tudo aquilo que se chamou, um dia, jornalismo. O que se vê é puro passionalismo. O fim de tudo.


CB, domingado

domingo, 6 de dezembro de 2009

Grêmio, filho da p$$@!

Nunca pensei que, ao torcer durante todo o campeonato contra o São Paulo, veria outro nojento sendo campeão.

E que não venha ninguém falar que o título do Flamengo foi merecido, ao menos nessa última partida, porque se aquilo que eu vi nestante foi jogo...

D. (tendo que suportar dos vizinhos todo o repertório de hinos em estilo funk do Flamengo, além das maravilhosas músicas de "O Troco", claro)

domingo, 29 de novembro de 2009

Jus Bolerandi

Não se pode negar que os estudantes de Direito da Uefs têm muita criatividade. Às vezes nos faltam professores, mas essa é uma outra história...



Os Fora da Lei Futebol Clube


Não sei bem ao certo quem teve a idéia e começou com tudo. Só sei que dois colegas de sala (Rosana e Rodrigo) se empenharam bastante para a realização de mais uma edição do Campeonato de Futsal do Curso de Direito - Jus Bolerandi 2009. Os jogos foram disputados nos dias 14, 15 e 20/11/2009. Os nomes dos times? Tinha para todos os gostos... FORA DA LEI, FBI, STF, CORTE DE HAIA, VACA FRIA F.C., AD BACULUM (CQC), FUMUS BONI FUTBOL e NOVO FLU DE FEIRA.


Perdi todos os jogos, infelizmente, por motivo de força maior (ou seria caso fortuito?) e também por causa de uma preguicite aguda que me acometeu em um dos dias. Mas, vendo as fotos e pelos comentários que ouvi sobre o campeonato, soube que tudo foi bem legal e divertido. E claro: cheio de bolas cheias e murchas.


O campeão foi o AD BACULUM (CQC), do 2º semestre, que ganhou o troféu Ana Paula Barros, numa homenagem a uma das professoras mais simpáticas do curso, que muito ajudou contribuindo com o campeonato.



Os Fora da Lei sob a orientação da treinadora Rosana



(D.R)

domingo, 11 de outubro de 2009

A GRANDEZA DE TOSTÃO

Um dos maiores craques que vi jogar, Tostão também bate bem nas teclas. A leitura de sua coluna semanal refresca a mente em meio a tanta baboseira. Tostão pensa e escreve à altura do futebol que jogou.

Na coluna de hoje, 11.10, Tostão dá uma lição de honradez, de alto nível ético e de lucidez. Ao saber da notícia de que o Governo Federal pretende premiar com 400 mil reais todos os jogadores campeões do mundo no futebol, Tostão adiantou sua negativa a receber esse dinheiro. Mesmo sabendo que precisa trabalhar muitos anos para reunir quantia igual. Lembrou que dinheiro público não se destina a esse tipo de presenteamento. Lastimou ter recebido o famoso fusca que Maluf deu aos tricampeões. Disse que estava empolgado, tinha apenas 23 anos e que é humano, portanto, erra. Mas não quer essa grana, já foi premiado à época.

E os outros atletas campeões do mundo em outros esportes? Por que só para o futebol? E por aí foi, lembrando que o Governo precisa fazer na área são outras ações mais efetivas, não essa distribuição de dinheiro público. Fica aqui meu aplauso, minha alegria em reconhecer um irmão em Tostão, que encerrou a carreira no meu Vasco. Eu-menino tinha na parede do quarto um poster de Tostão retirado da revista Placar. Um gênio.

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Toda partida contra seleções em altitudes impensáveis deveriam ser disputadas por um time profissional qualquer, para lá despachado um mês antes. Qualquer time de segunda-divisão ou de veteranos ou de reservas dispensáveis das grandes equipes. Reunia o pessoal e mandava pra lá jogar com a camisa da seleção brasileira. Goleariam qualquer seleção dessas, inclusive a do México. É uma bandalheira permitir jogos em altitudes como a de La Paz. É só lembrar que no atletismo não são aceitos recordes obtidos em altitudes hipóxicas.

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Essa Libertadores de futebol feminino não vai render. Deveria ser Panamericana, com Estados Unidos e Canadá. Não há competidoras na Sulamérica para nossas meninas. Os placares são humilhantes.

sábado, 10 de outubro de 2009

VITÓRIA ESPETACULAR

Mútuo respeito, excessivo respeito. A partida se arrastou no primeiro tempo por causa disso. E o gol da Alemanha foi justíssimo, nada a comentar. Só aí o Brasil jogou. Não entendo essa postura respeitosa numa partida de futebol. O maior respeito que se presta ao adversário é aplicar uma goleada. Esse tipo de respeito é, na verdade, medo, cagaço. Ainda bem que o técnico alemão tirou de campo os melhores da equipe.

Tudo indica que pegaremos a Costa Rica. Toda vez que enfrentamos na semifinal equipe de nosso grupo de classificação levamos o título. Que seja assim, mais uma vez.

Meu Vasco empatou com seu negativo. E ficou a um ponto de perder a liderança. Na reta final, parece que acabaram as garrafas cruzmaltinas. Começo a me preparar para comemorar a subida para série A, apenas isso. Engraçado é que não ouço mais o Xará falar em convocação para a seleção...

O Gordo fez mais um hoje, o décimo. E construiu outro gol na vitória do Curíntia sobre o Grêmio. Reafirmo que sou mais o Gordo no ataque da seleção, garantindo o Fabuloso na reserva para qualquer eventualidade. E se Dunga tiver a coragem de escalar os dois - Robinho não joga nada faz um bom tempo - o hexa ficaria mais fácil de alcançar.

Psicólogo. Insisto na tese: todo time brasileiro deveria ter uns dois psicólogos de plantão.